quarta-feira, 26 de maio de 2010

Para saber mais..........

Namoro infantil: brincadeira de criança?
Segundo Luciana Rizo, psicóloga clínica e mestre em psicologia cognitiva pela UFRJ, existe sim, aquela fase em que a criança assume um “namoradinho”. Geralmente é aquele amigo das brincadeiras infantis, por quem ela nutre apenas um carinho especial. Então o que fazer? Na verdade nada. Se a criança naturalmente demonstra algum tipo de sentimento pelo colega, o que é perfeitamente natural, principalmente quando a criança é filho único, sentindo a necessidade de estar com alguém, os pais devem ouvir o que criança tem a dizer, se interessar pelo que a criança está informando, mas jamais estimular.
Esse sentimento precoce acontece com significativa freqüência e porque não devemos estimular se é um comportamento natural? Justamente porque não existe nenhum tipo de problema no fato da criança estar afirmando que gosta ou namora algum amiguinho. Esse é o sentimento da criança. Essa informação não é motivo para pais comprarem presentes no dia dos namorados, convidarem para festas sempre o parceiro, evidenciando uma relação, falar a todo instante olha ela ou ele está namorando e a criança usando fraldas!
Essas não são atitudes de crianças, são atitudes de adultos, estimulando a criança a viver uma fase que ela ainda não está preparada para viver. Esse comportamento precoce, porém, tem sido fortemente influenciado pela mídia. Como mencionado anteriormente, programas televisivos, inclusive aqueles que se dizem infantis, têm apresentado um maior teor sexual, através de atitudes, roupas, produtos e conduta que não condizem com a faixa etária à qual se destinam. “Os programas de televisão (principalmente na TV aberta) são cada vez mais juvenis do que infantis. Com isso, as crianças acabam incorporando comportamentos adolescentes. Por exemplo, nos últimos tempos, as sandálias para meninas têm saltos altos, indumentária típica de adolescentes e não de crianças”, analisa a psicóloga.Para Luciana Rizo, a maior conseqüência em relação a essa atitude dos filhos, que deve ser alvo de preocupação dos pais, é que a criança antecipe uma etapa do seu desenvolvimento, ‘amadurecendo’ repentinamente e deixando de viver plenamente a sua meninice. “A infância é o momento de brincar, imaginar e não de assumir compromissos, como um namoro”, conclui a especialista.Os limites de fantasia na criança são infinitos. Se meus pais dizem que ele é meu namorado, compram presente, etc, então ele é meu. O sentimento espontâneo e natural pode começar a se tornar sentimento de posse.
Ela ou ele não pode conversar com amigos, só pode andar de mãos dadas comigo, a criança deixa de participar de determinadas brincadeiras se o namorado não está junto, não realiza atividades se o suposto namorado faltou à escola, inclusive a criança chega a fazer cenas de ciúmes e há pais que acham isso lindo!
Chega um belo dia que esse namorado(a) não quer mais brincar de ser namorado(a). A fase passou e a criança cansou. Se os pais encararam desde o início tranqüilamente esse sentimento, dão apoio à criança, ajudam no que é possível, tudo bem. Novas fases e diferentes novidades surgirão. Mas se ao contrário, os pais estimularam ao máximo essa fantasia, cuidado, pois cabe a pergunta: o que fazer?
Existem crianças que ficam doentes porque o “ex” está namorando outra, não comem, choram, não querem mais participar das aulas, querem mudar de escola....E o que é pior os pais se envolvendo, terminando amizades de anos por conta de um sentimento que era natural e foi estimulado de maneira desnecessária.
Pais : não achem lindo. Sua filha ou filho te informou que está namorando. Ótimo. Diga a ela quem é seu namorado? É tal pessoa. Faça um breve comentário se achar que deve, principalmente questione: você não é muito nova(o) para namorar? Você ainda é a criança do papai... tem bastante tempo ainda para você brincar, estudar, crescer e depois namorar.
Porque querer saber se o genro ou nora é do maternal III, quem são os pais dele, se ele mora na sua rua, etc. por favor deixem seus filhos viverem cada fase naturalmente. Que tal estimulá-los a lerem livros? Levá-los ao teatro? Parar tudo que estão fazendo e dedicar um pouco mais de tempo para abraçar os filhos, beijá-los, demonstrem vocês pais, que estão enamorados por seus filhos. Acreditem, será muito mais gratificante.

Mayre Barros Custódio Vigna. Pedagoga – Psicopedagoga

Luciana Rizo. Psicóloga clínica e mestre em psicologia cognitiva pela UFRJ

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Roda de História


A história da banana

Era uma vez
uma banana pirada,
Que não queria ficar no cacho
O dia todo pendurada.

- Eu acho
Que vou para floresta,
Pra não virar bananada!
Vivia reclamando
A banana enfezada.

Um dia,
Fugiu a danada,
Pulando pra tudo
Que é lado,
Sem ligar pra nada.
Pulou, pulou,
Ficou toda suada.

- Vou tirar a casca
E andar pelada!
Assim pensou
A banana enjoada.

Tirou, tirou, tirou,
Ficou tão branquinha,
Tão gostosa
Que acabou
Rainha da macacada...
Safada!